O que é o ECA?

ECA é uma sigla para Efedrina, Cafeína e Aspirina, uma combinação frequentemente utilizada por pessoas que têm como objetivo perder peso.

Efedrina ECAEfedrina

A efedrina é um composto químico normalmente obtido a partir do extrato da planta Ma-Huang. Ela atua sobre os receptores beta-adrenérgicos e promove a perda de peso por meio do aumento da liberação de noradrenalina.

Cafeína

Além de ser um estimulante, e aumentar por si só o metabolismo, a cafeína inibe a atividade de adenosina, um composto que inibe a secreção de noradrenalina. Por essa razão, ela tem uma forte sinergia com a efedrina, gerando uma situação onde os ganhos em conjunto superam bastante os ganhos de tomar individualmente cada substância.

Aspirina

A aspirina inibe a síntese periférica de prostaglandina, um composto que diminui a produção de noradrenalina, e consequentemente atrapalha quem quer emagrecer.

Apesar de comumente utilizada junto com a efedrina e a cafeína, nós não recomendamos o uso de aspirina porque ele aumenta significativamente o risco de desenvolver uma úlcera ou outras complicações gástricas. Esse risco a mais se justifica apenas em pessoas muito fora do peso, bem obesas, nas quais a pressão alta já é um fator de risco e se não houver um controle disso (com a aspirina), a pressão pode chegar a níveis críticos. Portanto, a não ser que você esteja muito gordo, dispense o uso da aspirina – os prejuízos superam os benefícios.

Como Utilizar a Efedrina?

Em vários estudos médicos entre os anos 80 e 90, foram testadas diversas combinações de efedrina e cafeína, e a dose que se mostrou mais efetiva é a de 20mg de efedrina e 200mg de cafeína, ou seja, a proporção 1:10 (um miligrama de efedrina para dez miligramas de cafeína) Essa dose deve ser ingerida três vezes ao dia, 30 minutos antes do café da manhã, almoço, e jantar.

Franol - Efedrina

Para evitar os efeitos colaterais, é recomendado realizar um período de calibragem, no qual você poderá auferir o quanto o seu organismo tolera e pode lidar com esta combinação. Para isso, faça 3 semanas de adaptação, nas quais as doses vão sendo incrementadas gradualmente. Assim, na primeira semana, utilize 30mg de efedrina (15mg pela manhã, 15mg à tarde). Se você tolerar bem os efeitos e estiver à vontade, prossiga ao incremento na segunda semana: utilize 45mg de efedrina (30mg pela manhã, 15mg à tarde). Caso a adaptação esteja sendo um sucesso, chegue a etapa final: utilize os 60mg de efedrina por dia (20mg pela manhã, 20mg à tarde, e 20mg à noite). Algumas pessoas preferem retirar a dose noturna para não ter complicações com o sono – para esta alternativa, basta tomar as 60mg divididas entre a manhã e a tarde: 30mg pela manhã, 30mg à tarde.

Efeitos Colaterais Efedrina

Uma elevação da pressão arterial no curto prazo é comum, no longo prazo existem indícios de que o uso da efedrina pode até abaixar a pressão. Também podem existir problemas com náuseas, dores de cabeça, tontura, inibição do apetite, palpitação, boca seca, agitação e calafrios. Os efeitos da efedrina são muito parecidos com a adrenalina no corpo, mas aplicados durante um período mais prolongado.

Uso de Longo Prazo/ Ciclos

Apesar de ser muito comum fazer ciclos com efedrina, existem estudos que mostram que os efeitos colaterais diminuem com o tempo, e que as propriedades termogênicas aumentam ou pelo menos permanecem estáveis. A efetividade e segurança do uso de efedrina como termogênico é comprovada em um período de até 50 semanas. Também existem relatos por pessoas que usam efedrina com sucesso há dez anos.

Existe uma crença errônea de que a efedrina deve ser administrada em ciclos, porém isso é infundado. Somente existe este mito porque, quando a efedrina começou a ser utilizada, ela foi comparada ao Clembuterol, que também atua nos receptores beta-adrenérgicos, e é um composto que se torna ineficaz após um período de uso contínuo. No entanto, estes dois compostos tem um funcionamento muito diferente: o clembuterol atua nos receptores alfa-2 (específicos, desenvolvem tolerância), enquanto a efedrina atua nos receptores alfa-3 (de largo espectro, não desenvolvem tolerância).

Efedrina no Tratamento à Obesidade

Efedrina e a Obesidade

Assim como um diabético não produz insulina suficiente, boa parte das pessoas obesas não produz noradrenalina suficiente. O resultado disso é uma termogênese reduzida, tendo como consequência a obesidade. Infelizmente a maioria das pessoas obesas não sabe desse problema e que ele pode ser corrigido por meio da suplementação com cafeína e efedrina. Por isso, às vezes existem gordos que passam fome e continuam gordos – não se trata, nesses casos, de reduzir a ingestão calórica. Agora que você sabe disso, também pode ajudar a exterminar o grosseiro preconceito de que “quem é gordo, é gordo porque quer”. Várias vezes, essas pessoas são vítimas de uma cultura que ensina que comer menos é o remédio – quando na verdade, o problema é hormonal. Em muitos casos, este preconceito infantil é reproduzido até mesmo por médicos especializados, que continuam receitando dietas com redução calórica e inibidores de apetite, tratamentos fadados a nenhum sucesso nos obesos em que o problema é a produção deficiente da noradrenalina.

A mistura de cafeína com efedrina é considerada por alguns pesquisadores como um dos melhores remédios que existem para combater a obesidade. Principalmente quando se considera que seu uso é mais seguro do que a grande maioria dos remédios com o mesmo fim e que os resultados são bastante satisfatórios no longo prazo.

Não misturar com outros termogênicos/emagrecedores/ estimulantes

Não é recomendado que sejam utilizados outros estimulantes, emagrecedores ou termogênicos junto com a combinação de efedrina e cafeína. Isso pode resultar em efeitos colaterais excessivamente fortes, e por isso deve ser evitado. Acima do objetivo de “emagrecer”, você deve ter em mente o meta-objetivo de “ser saudável”.

Conclusão sobre a Efedrina

A efedrina é uma excelente maneira de emagrecer e é especialmente eficaz e segura no tratamento da obesidade. Os seus efeitos colaterais diminuem com o passar do tempo enquanto são mantidas as propriedades termogênicas.